Síndrome de gafanhoto

     “Também vimos ali gigante, e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também éramos aos olhos deles.” (Nm 13.33)

     O texto acima faz parte do relatório dos espias que voltaram de sua missão pela Terra Prometida. Eles constataram que Canaã era realmente como Deus havia prometido, mas, que os inimigos com quem teriam que lutar eram superiores a eles. Depois de 40 anos, Israel sob o comando de Josué, finalmente entrou na Terra Prometida e venceram tais “gigantes”. Qual era a diferença entre a geração que retrocedeu e a geração que avançou?

     Sabemos que a falta de fé em Deus foi a principal causa. No entanto, também havia uma causa secundária, a forma como se viam diante do desafio que se interpunha entre eles e a terra do sonho. Eles diziam: “Éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos”. Então, a partir dessa visão de Deus e deles mesmos, viveram como gafanhotos por 40 anos no deserto.

     Alguns anos atrás ouvi um palestrante insistir com uma declaração: “Sua opinião de si mesmo se tornará sua realidade.”. Poderíamos dizer: “Como você se vê, assim você se torna”. Quanto mais você reforça suas fraquezas, mais fraco vai se tornando enquanto mais insiste em se mostrar como vítima, mais atrairá pessoas que te tornarão refém. Certa vez, Salomão escreveu: “Se você vacila no dia da dificuldade, como será limitada a sua força!” (Pv 24.10). Reaja! Você não é um gafanhoto!