O governo de D(eu)s

 “Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao Senhor. E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles. E falou Samuel todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei.” 1 Samuel 8.4-10

 

Quando o povo de Israel era governado por juízes, eles desejaram ser como as outras nações e começaram a desejar um rei sobre si. O profeta Samuel ainda tentou impedi-los, mas o Senhor disse que, na verdade, eles O estavam rejeitando. Samuel, então, recebeu de Deus o aval e as instruções de onde achar o tal rei. Surge na história o jovem Saul. Naquele primeiro momento, ele estava escondido atrás das bagagens dando a entender que tinha humildade demais para receber a tarefa que lhe fora dada. O profeta o chamou, o ungiu e com o passar do tempo, Saul se assentou no trono de Israel. Tudo ia muito bem até que em um impulso, o rei Saul decidiu desobedecer a uma ordem recebida do profeta Samuel.

 

Aquele jovem tímido passou a ser um homem destemido e orgulhoso. Seu modo de ser desagradou ao Senhor, por isso, o Espírito do Senhor fora retirado dele. Daí para frente, Saul continuou a ser o rei de Israel, mas agora ele governava sozinho e isso trouxe sérios danos à nação. Muitas vezes agimos como Saul. Recebemos de Deus um chamado e, no começo, nos achamos indignos, pequenos e incapazes. Só que conforme o tempo passa, vamos ganhando confiança em nós mesmos e acabamos por preencher nosso coração com o orgulho. 

 

Quando isso acontece significa que o governo da nossa vida há muito tempo está em nossas mãos ao invés das mãos do Senhor. Nossa decisão de abrir espaço para o nosso querer tira Deus do trono e para nos assentarmos nele. Isso não pode e nem vai acabar bem. Basta pensarmos nas histórias de Adão e Eva, da Torre de Babel, do povo de Israel em suas muitas desobediências para afirmarmos isso.

 

Temos todos os dias que escolher quem governará as nossas vidas: Deus ou o nosso eu. Essa escolha é individual, mas as implicações alcançaram todas as áreas da nossa vida e atingirá todas as pessoas que se relacionam conosco. 

 

Dar lugar ao eu pode até ser prazeroso momentaneamente, mas nos fará amargo lá na frente. Enquanto isso, deixar que Deus nos governe pode parecer difícil no começo, mas gerará em nós frutos eternos. Desejo que você seja capaz de ser sábio para escolher para quem vai entregar o governo da sua vida, da sua mente e do seu coração! Lembre-se que só há um trono e que ninguém pode servir a dois Senhores ao mesmo tempo, (Mt 6.24).


Por Thaís Duarte

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