O amor de Deus nos constrange pela justiça


Hoje veremos o amor de Deus nos constrangendo com a ação da sua Justiça por meio da vida de Tamar (Gn.38. 1-27).

Tamar, a nora de Judá, teve um casamento conturbado. Ela se casou com Er, o primogênito de Judá e Deus o matou, pois ele era mau aos olhos de Deus. Onã, o segundo filho, teve que se casar com Tamar para cumprir a lei de Moisés. Era obrigação do irmão se casar com a viúva e dar filhos para o falecido que não tinha herdeiros. Os filhos dele com a viúva não seriam considerados seus, mas filhos e herdeiros do morto. Essa era a lei do Levirato (Dt. 25.5-10).

Contudo, Onã também morreu porque não queria engravidar a mulher do seu irmão falecido, e derramava o sêmen no chão. Judá ainda tinha um terceiro filho, e temeu que ele também morresse e não quis dá-lo a nora. Tamar obedeceu ao sogro todas as vezes que ele lhe deu uma direção. Entretanto, o resultado não era bom. Ela continuava viúva, sem filhos e era um estorvo na casa de seus pais. Ela vivia então sem perspectivas.


Olhando para a vida dela, percebi que ela tinha alguns desafios:


         1- Não se contaminar com a imoralidade e perversidade de seus dois maridos.
         2- Não permitir que o ódio e o ressentimento a cegassem a ponto de se esquecer de seus direitos e de parar de lutar para ser uma mulher e mãe honrada.
         3- Perdoar os homens que passaram por sua vida, desprezaram-na e ainda deixaram nela a marca de uma mulher que ‘mata’ seus maridos, pois ficou viúva duas vezes.

4- Não entrar em depressão e nem ficar louca com a injustiça e o desprezo da própria família e, ainda, submeter-se ao plano de Deus, que, humanamente falando, consistia em humilhar-se ainda mais diante do causador de toda a desgraça de sua vida.

Ainda assim, ela não se curvou diante das amarguras da vida pois cria em Deus e essa fé no Deus de Israel lhe garantiu a justiça, a sua vitória. Ele foi o seu maior aliado e a defendeu nas horas mais difíceis de sua vida. Tamar mesmo de forma perigosa, agiu sabiamente segundo a lei da época em que vivia.  Tudo porque ela não aceitou perder o que era direto seu!

Sua atitude constrangeu o seu sogro, e ele mesmo declarou que ela agiu com justiça. Sua atitude garantiu que a descendência de Judá participasse da linhagem de Jesus (Mt.1.3). Pode-se dizer que ela manteve sua integridade, pois confiava que Deus ia lhe fazer justiça.


Para nós fica a lição: não permita que nenhuma injustiça ou malignidade te desestruture, contamine e te afaste de Deus. Só há um caminho para vencer isso: Jesus. Apegue-se a Ele mais ainda! Faça o dobro no serviço, amor e comunhão com Ele. Persevere e não perca de vista seus objetivos e procure agir com sabedoria.

O Senhor tem saída e mudança de sorte para cada um de nós, desde que estejamos dispostos a ouvir e tenhamos coragem de abrir mão de nossos preconceitos, status, opinião alheia. Peça e o Senhor te dará sabedoria, estratégia para viver no lugar de sua vergonha, dupla honra!

"O justo jamais será abalado; para sempre se lembrar ao dele. Não temerá as más notícias, seu coração está firme, confiante no Senhor." Sl. 112.6,7

Por Érica Chagas


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