Os perigos das curtidas

 “Que aproveita o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”

Marcos 8: 36 ARA

 

Nos últimos dias, o mundo amanheceu com uma enorme repercussão sobre uma possível agressão (ou farsa) entre um ator e um comediante. Seja fato ou fake, esta situação nos leva a pensar: Até onde a alma humana nos leva quando nossas fragilidades são expostas? Até onde iremos em busca de um aplauso ou de uma curtida? Até que ponto exporemos a nossa alma sem perdê-la?

Atualmente, a vida humana parece estar à mostra em uma vitrine. São famosos que postam toda sua rotina nas redes sociais, são anônimos que em busca de visibilidade expõem muito mais do que deveriam na ânsia de serem notados. A cada curtida e/ou comentário há almas sendo alimentadas pelo desejo da fama, do sucesso e do bem-estar. Mas qual o preço real a ser pago por tudo isso?

A Bíblia nos alerta que a busca desenfreada pelo sucesso e pelo prazer são prejudiciais e que levarão muitos a se envolverem em situações que os marcarão para sempre. E, infelizmente, na maioria das vezes as marcas não são positivas.

Os aplausos, os tapinhas nas costas e os reposts não podem ser nossa régua de medir. A vida com Jesus não é instagramável. Fomos chamados a tomar a nossa Cruz, a andar a segunda milha, a dar a outra face, a nos despir da túnica quando nos pedirem nossa capa. Nenhuma dessas ordenanças é interessante aos olhos do mundo. Todas elas implicam em perda e nossa sociedade já riscou essa palavra do dicionário faz tempo.

O cristão precisa ter em mente que viver em uma sociedade moderna nos cerca de muitos perigos. Todos os dias, o pecado bate à nossa porta tentando nos dominar. A decisão de ceder ou resistir é nossa. Será que somos fortes o suficiente para cruzarmos a linha tênue entre a busca pelo reconhecimento e a cessão aos nossos desejos?

A Bíblia nos adverte que devemos ser conhecidos por todos devido à nossa moderação (Fl 4:5). Serão as nossasatitudes em amor e fidelidade ao nosso Deus que darão testemunho do agir de Deus em nossa vida e história. Afinal, como nos ensina o apóstolo Paulo (Gl 1:10), a nossa busca é pela aprovação de Deus e não dos homens. Caso contrário, não seríamos servos de Cristo; mas sim dos nossos semelhantes. E isso tornaria nossa vida ainda mais vulnerável ao pecado do que ela já é.