O pão do Rei

     “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.” Mateus 6.11

      Pão é um alimento milenar e essencial para muita gente, inclusive para o povo de Israel, pois nos momentos de refeições desde as mesas mais fartas ou as mais simples, ele ainda está presente no dia a dia. A oração do “Pai Nosso” é, provavelmente, a petição mais conhecida, e não importa o quanto nos sentimos seguros e confortáveis com o que o Pai pode fazer por meio desta oração. Porque orar sobre o “pão de cada dia” não tem a ver só com carências, desemprego ou incertezas, não é uma necessidade exclusiva dos que se sentem inseguros, passam faltas ou privações, mas envolve a existência e subsistência na oração. Mesmo quando está tudo bem e não tememos por falta de oportunidades, emprego, ou quando alcançamos um nível de renda que nos possibilita uma vida confortável com condições de desfrutar além do fundamental e básico. Nossa abundância de boas coisas não pode nos afetar fazendo a gente deixar de apreciar o cuidado diário de Deus, porque nem mesmo a abundância dos ricos é suficiente para mantê-los vivos, muito menos para fazê-los felizes e mesmo que nossas possibilidades envolvam prazeres e oportunidades que muitos jamais terão, ainda devemos orar pelo “pão de cada dia”. 

 

     Sabemos também que a nossa saúde física, depende daquilo que nós comemos, e por isso, precisamos manter uma dieta equilibrada para que tenhamos saúde e qualidade de vida. A mesma coisa acontece com o nosso Espírito; se alimentamos nosso corpo físico diariamente para termos uma boa saúde, também devemos alimentar diariamente nosso Espírito para termos um estado espiritual tão saudável quanto o corpo.

 

     “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.” João 6.35

 

     O que é ensinado por Jesus é que busquemos a cada dia tanto o “pão que perece” quanto o “pão vivo” que farta a alma e dá vida eterna, e que é insubstituível e vital.  Jesus é o nosso maná. Ele não deseja que O busquemos apenas nos momentos de “fome e sede”, mas, todos os dias para conhecê-lo. O único maná que pode nos saciar, nos sustentar é aquele que desce do Céu da parte de Deus, assim como foi com o povo no deserto. Qualquer outro pão não irá nos saciar. A lição que aprendemos com esse trecho é a da dependência, mas também o princípio de se relacionar com Deus, assim também teremos força para combater as batalhas do dia a dia.  Um detalhe final é que o pão que Jesus nos ensina a pedir é sempre “pão nosso”, com o maná também era assim: o pão caía do céu para todos. Jesus nos ensina que o pão deve sempre ser multiplicado; tanto o espiritual quanto o de massa de farinha. Se é pão, é para ser repartido, comido junto, compartilhado. Quem reparte o pão com quem não o tem, torna-se companheiro de Jesus e servo do seu Reino. 

     Por Érica Chagas